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23 · 07 · 2019

Jesper Stub Johnsen na Casa Europa FLIP

O vice diretor do Museu Nacional da Dinamarca, Jesper Stub Johnsen, visita o Brasil para participar da FLIP, da FLUP e encontrar com o diretor do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, Alexander Kellner.

 

Além de vice diretor do Museu Nacional da Dinamarca, Jesper Stub Johnsen também é diretor de pesquisa, coleções e conservação do museu. Ele começou sua visita ao Rio de Janeiro no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista. Lá, teve a oportunidade de conversar com o diretor Alexander Kellner e outros funcionários para trocar experiências e saber um pouco mais sobre o trágico incêndio que atingiu o museu no fim do ano passado (2018). Segundo Kellner, a maior ajuda que eles precisam é em doação ao acervo, para recriar suas coleções e montar novas exposições. Em seguida, Johnsen visitou a área de resgate e conservação no museu, que está responsável por resgatar, limpar, categorizar e organizar todos os restos achados nas ruínas do museu. Ele ficou muito satisfeito em ver todos que estão trabalhando nesse árduo processo encará-lo de forma tão curiosa e otimista. Clique no link a seguir para assistir a uma pequena entrevista com Jesper Stub Johnsen sobre sua visita: Jesper Stub Johnsen no Museu Nacional RJ

Alexander Kellner e Jesper Stub Johnsen

Em seguida, Jesper viajou para Paraty, para participar da FLIP – Festa Literária de Paraty pela Casa Europa. A proposta da Casa este ano, montada pela EUNIC Brasil, foi gerar um encontro de profissionais do contexto memorial e participantes da FLIP para trazer em pauta múltiplos diálogos sobre o tratamento do passado no presente em busca de futuros possíveis, à luz dos acontecimentos recentes no campo do patrimônio cultural e histórico mundial.

 

 

Na manhã de 6a-feira, dia 12/07, Jesper participou de uma mesa de debate sobre o futuro dos museus e sua importância na sociedade, junto a Juan Manuel Bonet (Espanha), escritor e crítico de arte especializado em cultura brasileira. Em sua fala, Jesper tratou de vários pontos relevantes para a discussão, abordando de maneira profunda como os museus são montados, qual papel eles devem e ocupam na sociedade contemporânea e o que resta quando um museu vira ruínas.

 

 

A FLIP é um grande evento anual, que junta intelectuais nacionais e internacionais e um enorme público comum para conversar sobre pautas relevantes, sempre tendo uma coligação com a literatura. Este ano, em sua 17ª edição, o autor homenageado foi Euclides da Cunha, e só o evento principal contou com aproximadamente 8,6 mil pessoas. A Casa Europa é uma das muitas “casas” da FLIP, que têm suas próprias programações paralelas à principal. Você confere todas elas aqui.

Casa Europa - FLIP

Na semana seguinte, no dia 15/07, aconteceu a FLUP – Festa Literária das Periferias no MAR (Museu de Arte do Rio). Em mesa de abertura, Jesper dialogou sobre a problemática civilizatória de como museus têm impedido uma reflexão sobre o que suas narrativas ocultam; a que custo – sociais, culturais, etc – as exposições foram construídas. A mesa contou com o diálogo dos seguintes profissionais da área:

 

Antonio Forcellino – Arquiteto, escritor e restaurador, Itália;

 

Juan Manuel Bonet – Crítico de arte, especializado em cultura brasileira, Espanha;

 

Jesper Stub Johnsen – Diretor de Pesquisa, Coleções e Conservação do Museu Nacional da Dinamarca;

 

Mario Chagas – Diretor do Museu da República, um dos idealizadores do IBRAM, membro do Museu das Remoções, Brasil;

 

Benoît de L’Estoile – Escritor e pesquisador do CNRS e IRIS, França;

 

Mediação: Evandro Salles, diretor do MAR.

 

Idealizada por Ecio Salles e Julio Ludemir, a FLUP foi criada em 2012 com o objetivo de ser um espaço de formação de novos leitores e autores na periferia das grandes cidades brasileiras. Inicia suas atividades em maio com uma sequência de encontros que se extende até setembro. Em 2012, a FLUP ganhou o Faz Diferença do jornal O Globo e, em 2016, o Excellence Awards da London Book Fair e Retratos da Leitura do Instituto Pró-Livro. O tema deste ano foi “Arte, ação e pensamento anticolonial”, e reuniu profissionais de várias áreas para debater assuntos dentro desta temática. Você pode conferir a programação completa aqui.

Mesa de debate na FLUP