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17 · 10 · 2016

Hoje e amanhã juntos. Música Dinamarquesa no pavilhão Dinamarquês

Enquanto os atletas Dinamarqueses ganhavam mais medalhas nos Jogos Olímpicos Rio 2016, do que nunca, os tons e ritmos de músicos Dinamarqueses fluíam no Pavilhão Dinamarquês localizado na Praia de Ipanema no Rio de Janeiro, tanto quanto nos principais  festivais  no estado vizinho, São Paulo.

O público experimentou o melhor da música Dinamarquesa, com uma ampla variedade de estilos e formatos, junto com colaborações entre artistas brasileiros e dinamarqueses promovidos em forma de intercâmbio musical.

 

No total 30 eventos musicais foram realizados no pavilhão: Seis shows, Quatro workshops e nada menos do que 20 sessões de DJ residentes. Acrescente a isso 12 shows em São Paulo em festivais prestigiados como “Jazz na Fábrica” ​​no SESC Pompéia, “SESC Jazz & Blues”, e “SESI Mostra de Música de Câmara”. Através disso podemos ver a imagem completa da exposição que a música dinamarquesa teve no Brasil durante os Jogos Olímpicos de 2016.

 

O programa de música no Pavilhão Dinamarquês foi patrocinado pelo Painel Internacional de Cultura no âmbito da Agência de Cultura e Palácios (SLKS). A gestão de curadoria e projeto estava sob a liderança do músico Anders Hentze, Senior Advisor do Instituto Cultural Dinamarquês (ICD) no Brasil. A produção da programação musical foi pelo ICD.

 

Todo fim de tarde DJs dinamarqueses proporcionavam uma sunset session, que acompanhava o pôr do sol numa das praias mais emblemáticas do mundo. A primeira semana de residência DJ foi pelo coletivo Multiplayer (Lasse Munk, Søren Andreasen e Rasmus Kjærbo). O trio apresentou um universo musical caleidoscópico, no qual a identidade artística diferente de cada membro proporcionou ao trio um universo  fascinante. Munk e Kjærbo são também os propulsores do Rumkraft, primeira escola de música da Dinamarca especializada em música eletrônica. Esse viés pedagógico e inovador foi desdobrado inteiramente, para crianças de todas as idades, em oficinas de robótica musical construída a partir de materiais reciclados, e de Jam sessions eletrônicas para principiantes musicais, de todas as idades. O trio também se apresentou no festival Cultural Tiradentes no centro histórico da cidade do Rio de Janeiro.

 

O DJ e produtor KANT levou o público ao delírio durante a segunda semana do pavilhão, e durante a última semana, o DJ, baterista e produtor musical bastante conhecido, Tomas Barfod, residiu fazendo vibrar o pavilhão com sua maestria eletrônica. Ele também esteve por trás do playlist de 100% música pop criativo e contemporâneo da Dinamarca, que propiciou a ambiência necessária para a exposição inspiradora de Danish Architecture Center e outras atividades em curso.

 

“Eu construí a curadoria em torno da ideia básica de que o programa de música deve funcionar como uma marca musical e sonora da Dinamarca como um país criativo e inovador. E eu acredito que conseguimos obter um bom equilíbrio entre quatro grupos de artistas: Novas colaborações dinamarquesas/brasileiras, desenvolvimento de colaborações existentes, desenvolvimento de carreira para artistas dinamarqueses que já possuem um ponto de apoio no Brasil, e artistas dinamarqueses que são novos no Brasil e interessante para nossos parceiros”, disse Anders Hentze.

 

O trio de jazz célebre Phronesis começou a série de shows em grande estilo. Entre elogios de críticos da imprensa internacional de jazz, esta banda foi chamada de “Uma das bandas mais emocionantes do planeta atualmente!”, segundo a revista britânica jazz Jazzwise. Depois de seu show brilhante no pavilhão, a banda concedeu o seu apoio artístico para a ocupação do lendário local de música no Rio de Janeiro, conhecido como Canecão. Após isso realizou uma turnê de três apresentações nos festivais SESC “Jazz na Fábrica” ​​e “SESC Jazz & Blues” em São Paulo.

 

O guitarrista Jakob Bro estreou seu novo duo com o pianista/vocalista/compositor brasileiro Daniel Jobim no pavilhão. Daniel é neto da lenda de Bossa Nova, Antônio Carlos Jobim, que compôs A Garota de Ipanema, entre muitas outras grandes canções de sucesso. Daniel prestigiou tocando o clássico de seu avô para milhões de espectadores na cerimónia de abertura dos Jogos RIO 2016.  O show da dupla realizado no dia seguinte, também incluiu A Garota de Ipanema num repertório das composições favoritas do grande mestre em interpretações pessoais dos dois músicos. Jobim e Phronesis foram apresentados na noite dinamarquesa do festival “Jazz na Fábrica”, em São Paulo, no teatro do SESC Pompéia lotado.

 

A colaboração Bro/Jobim foi iniciada na primavera de 2016 por iniciativa do ICD e do produtor Maurício Pacheco. O Instituto Cultural da Dinamarca levou Jobim para Copenhague com o objetivo de conhecer o Jakob, e eles gravaram duas músicas juntos. Durante uma visita aos estúdios da Rádio Nacional da Dinamarca (DR), Jobim acidentalmente entrou em um ensaio do Coro Feminino da Rádio Nacional da Dinamarca logo no momento em que elas estavam ensaiando o hino nacional brasileiro. Este encontro gerou a bela colaboração apresentada na abertura do pavilhão, que foi transmitida pela TV dinamarquesa e brasileira.

 

“O programa de música, certamente, convidou o público a experimentar a Dinamarca no coração do Rio. Ele teve um papel fundamental na construção de uma relação verdadeira com o público em geral, oferecendo experiências culturais e atividades interativas que colocaram o pavilhão em posição de destaque na agenda cultural dos Jogos Olímpicos”.

– Mauricio Pacheco, diretor artístico, Pulse Group.

 

A poderosa performance dos roqueiros de surf The Tremolo Beer Gut explodiu numa onda de agitação e fumaça no exuberante design dinamarquês do pavilhão. Após o show a banda seguiu direto para uma turnê em locais do rock underground pelo estado de São Paulo.

 

Já na passagem do som pela manhã, ficou evidente que a dupla Wenzell & Bugge tem o que é preciso para encantar as pessoas. A sua mistura virtuosa de música folclórica dinamarquesa e percussão erudita, fez a equipe técnico do pavilhão dançar às 9 da manhã. Depois de um show espetacular no pavilhão, o duo continuou em turnê do “SESI Mostra de Música de Câmara” no estado de São Paulo, culminando em um concerto ao ar livre na Avenida Paulista para mais de 1000 pessoas.

Novas colaborações também viram a luz do dia no pavilhão dinamarquês: Por trás da sigla RKPG há uma verdadeira aventura de percussão Dinamarquês-Brasileira. Ronni Kot Percussion Group é um grupo de jovens talentosos percussionistas brasileiros, tendo como professor visitante o Dinamarquês Ronni Kot Wenzell. Eles capturaram a atenção do público com um show divertido e criativo. Além de composições para a variedade fascinante de instrumentos da percussão erudita, o RKPG também trabalha com instrumentos não convencionais, tais como baudes, lixeiras, escadas e caixas de papelão.

 

O último concerto no pavilhão realizado no dia 20 de agosto apresentou o trio de pop dinamarquês Panamah no Brasil pela primeira vez, em uma nova colaboração com o baixista brasileiro Guilherme Lírio e o percussionista Gabriel Policarpo. Panamah teve o primeiro hit na rádio brasileira cantado em dinamarquês em 2013.

 

Com o extenso programa de música para os Jogos Rio 2016, o Instituto Cultural da Dinamarca continua a construir sobre seu projeto musical Dinâmica Dinamarquesa, que, desde 2012, lançou Jazz, Arte Sonora, Eletrônica, Música erudita contemporânea e Performance dinamarquês no Brasil, ajudando artistas dinamarqueses a se estabelecerem no maior mercado de música da América do Sul.

 

Como um exemplo encorajador, o artista dinamarquês de música eletrônica Rumpistol, que encabeçou o Festival Multiplicidade do ano passado com VJ Muti Randolh, produziu a trilha sonora do show multimídia impressionante do Muti Randolph na Cerimônia de Abertura dos Jogos Paraolímpicos RIO 2016.